sexta-feira, setembro 17, 2004

Alguém se lembra?


A questão que coloco não é para os mais novos, pois esses estão bastante habituados às novas tecnologias. É sim para aqueles que nos anos 80/90 gravavam os seus filmes preferidos, que passavam na televisão, em VHS. Lembram-se disso? Pois. É verdade. Eram bons esses tempos em que programávamos os nossos gravadores para uma determinada hora no intuito de armazenar esses filmes para mais tarde relembrar. Para mais tarde relembrar...

Só que os anos passam, as tecnologias evoluem e agora o VHS está obsoleto. Quantos e quantos de nós não terão no seu sotão caixas e caixas de filmes antigos? E quantos não terão, actualmente, os mesmos filmes em divx, dvd, xvid e por aí fora? Quantos?

Quantos, como eu, adquiriram a trilogia da Guerra das Estrelas em VHS há uns anos atrás e agora contam os euritos na carteira para adquirir a versão digital que sairá em breve. Pois é.

Enquanto isso vários indivíduos aproveitam-se da "Aldeia Global" e prosmicuem o negócio de compra e venda de bens, passam por cima das leis de copyright e direitos de autor. Falo disto porque é cada vez mais habitual ver em feiras os chamados "novidadix". Chamo-lhes isto porquê? Porque não são mais que a criação caseira de uma versão brejeira do filme original. Aqueles filmes que todos encontram à venda por quantias absurdas são as mesmas versões de filmes que circulam na "Aldeia Global" em ligações p2p (peer-to-peer) e com todos os formatos possíveis e imaginários de compressão e conversão de formatos aúdio e video.

E como tal é possível? Neste mundo altamente tecnológico tudo é possível.
Basta para tal possuir um computador pessoal (pc) com os requisitos mínimos (baixo custo), um gravador de dvds e uma quantia considerável de dvds virgens. É o suficente para prosperar neste negócio obscuro que eventualmente acabará com as matinés de domingo à noite no cinema.
Que fique assente que não sou contra a comunidade p2p ou contra a proliferação da "Aldeia Global". Sou sim contra o aproveitamento de várias pessoas em relação ao analfainformatismo de uma maioria. Contra isso oponho-me.
Mas que fazer para combater isso? Como não permitir que a "aldeia" se torne "cidade de crime"? Como em tudo na vida não chega policiar e controlar. Haverão sempre novos métodos, formatos, novas formas de atingir o dinheiro fácil.
Mas uma coisa sei. Não verei filmes em que leio: "Quando ele me achar, vou matá-lo!", não menosprezando o brasileiro claro está. Nem verei filmes em que vejo no meu monitor uma pessoa levantar-se e tapar-me a "tela" e por muito que tente dizer-lhe para se desviar, não consigo que ele oiça o meu pedido, pois também faz parte do filme...

Por isso pergunto: Alguém se lembra das velhinhas cassetes de video? De programar o gravador para determinada hora? De fazer constantes gravações na mesma fita de diversos filmes e/ou programas televisivos e posteriormente observar o Han Solo a lutar contra o Indiana Jones na mesma imagem (com sobreposição)?
Alguém se lembra?
Não. Mas está em formato digital...

1 comentário:

Mary Mary disse...

Ainda me lembro de ter gravado o meu filme preferido e de numa semana ter estragado a cassete com a quantidade de vezes que vi o filme. Felizmente agora há o DVD e já o posso ver vezes sem conta...