quarta-feira, setembro 21, 2005

DEUS - Século XXI


OFF-TOPIC:
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Já sei que não coloco nenhum texto neste espaço há algum tempinho. Mas o tempo tem sido curto para disponibilizar parte dele a algo que gosto de fazer, mas cá continuarei e estarei. Nos últimos dias dividi-o entre as festividades de Ponte de Lima, referidas há uns posts atrás, e a universidade. Mas vamos ao que interessa.
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Numa altura em que nos encontramos em constante evolução tecnológica, devemos questionar-nos sobre os dogmas religiosos. Este tema sobre o qual pensei nos últimos dois dias, em particular o contexto da igreja neste novo século e, de um modo mais geral, a influência da mesma em dois milénios, atravessa toda a nossa essência de acreditar em algo de superior que nos observa e ajuda em determinados casos.

Seja qual for a religião, este é o conceito mais simplicista que se poderá encontrar. Não sou um fervoroso católico, sou fruto, tal como muitos milhões, de uma educação rodeada pelo cristianismo, mas sendo-me dada a possibilidade de acreditar ou não. Como sou uma pessoa simples, pelo menos assim me considero, tento observar esta temática por outro prisma. A procura de algo mais, que justifique a nossa existência acompanha-nos desde o momento em que nos foi possível pensar. E esta nossa virtude trouxe o receio de ter sido concedida por algo ou alguém poderoso. Uma entidade. Capaz de nos retirar o que temos ou até o que poderemos vir a possuir.

Creio que exista "algo" muito superior a nós. Talvez algo que se possa provar cientificamente, sem querer antagonizar o dogma. Uma das mentes mais brilhantes disse um dia:

Deus não joga aos dados com o universo.
Não foi no sentido religioso que Einstein afirmou isto, apesar de ser um cristão convicto, disse numa confrontação aos estudiosos da Quântica.
E não será isto, de certa maneira, verdade?

Alá, Deus, Shiva, dependendo da crença, são todos o mesmo.
O tempo do politeísmo faz parte da história, mas, segundo a globalização, aparece na nossa sociedade.

E em que contexto? Neste século em que tudo nos parece autómato, no qual temos a nossa quota parte de "deuses", onde se encaixa a divindade?
Falando daquilo que conheço, o suficiente para expressar a minha opinião, a Igreja Católica encontra-se num altura de viragem, havendo inúmeras clivagens no seu seio. E isto é muito importante, pois o povo sempre teve a Igreja como a sua bengala, mas, ultimamente, centra as suas crenças no materialismo exarcebado de uma civilização capitalista, solitária.

Não me parece que os jovens de hoje sejam muito crentes, falo de uma maioria, obviamente.
E o Deus que temos no nosso século, ainda com definições da Igreja do século XIII, não se enquadra numa Playstation ou num PC.

A definição de Deus tem de ser modernizada, tal como foi em determinadas alturas da história. Parece-me que estamos perto de encontrar uma nova definição e, por estranho que vos pareça, essa nova definição provirá, na minha humilde opinião, do seio da comunidade científica.

Seremos apenas mais uma espécie ou seremos especiais?

2 comentários:

Mary Mary disse...

Tive uma educação católica até aos quinze anos mas aos poucos fui perdendo a fé. Hoje não acredito em Deus nem em nenhum ser superior. Acredito em mim e nas pessoas à minha volta. Apesar de estar inserida numa família católica, parte praticante e outra não, julgo que por vezes não me encaixo nela.
Escolhi o ramo das ciências e descobri uma paixão que é o tema evolução das espécies. Descobri também o Budismo, que se assemelha ao Cristanianismo mas com uns ensinamentos mais simplistas...
Neste momento a Igreja vai de mal a pior e tem que mudar. Hoje em dia acho que as pessoas só vão à missa ou porque tem que ser ou porque é chique. Cambada de hipócritas que todos são.
A fé deve ser uma coisa de nós, o ir à missa não deve ser obrigação. As leis da Igreja precisam de mudar, quantas pessoas não morrem hoje em dia em África por causa da Sida, e a Igreja proíbe a distribuição de preservativos? Isto tem que mudar para o bem da Igreja.
Lembro-me de há pouco tempo ter visto a última parte da "Paixão de Cristo" e ter acabado o filme a chorar. Na altura não sabia porquê. Hoje sei a resposta... Ver aquele último bocadinho com aquela música emocionou-me, não o posso negar...
E poderia continuar por aqui a divagar sobre o tema... Talvez amanhã continue... :P

MPR disse...

Não vás por aí que só vai dar discussão. Honestamente é para mim inconcebivel a existência de um Deus-Pai criador e protector... Mas isso é melhor guardarmos para um copo nas altas horas da madrugada, quiçá numa casinha acabada de arranjar na Baixa, para nos podermos expressar e conversar à vontade, sem as limitações e mal entendidos que o online escrito sempre acarreta...