quarta-feira, outubro 13, 2004

A Letra

Tão luzídio que é este som!
O som de quem lê, mas não fala.
É sermos a tinta, o papel,
O sermos o que outrora poeta fora.
Que mágica a viagem de letras;
Sons de letras que nada podem dizer.

É ler.


A branca visão de papel me ocorrera.
Ei! Não! De letras se faça a vida
De quem não a tem.
Orgasmos letrais se manifestem.
Que pena a pena não falar.
Que alegrias contaria?
Que emoções?
Que vidas?

É escrever.


Ler o que escrito foi por quem leu
O que alguém escreveu. Séculos e
Séculos de tinta se fizeram. Das glórias
outrora vividas temos suas letras, suas folhas.
Estou a saber, a digerir, a contemplar
Original nasce da criatividade de aprender.

É aprender a ler.
É aprender a escrever.

Sem comentários: